Ai o medo, o medo
- Patrícia Valente
- 20 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de fev. de 2022

Hoje pus-me a pensar em expetativas. O que nos faz, por vezes, criar expetativas desmedidas em relação às situações? Talvez seja o medo. O medo que não corra bem. Ou será o medo que corra mesmo bem? Pouco importa, uma expetativa irrealista é sempre uma ilusão de algo que não vai acontecer.
O medo faz parte do ser humano. Sem ele, não garantíamos a nossa sobrevivência. Mas e, quando este se torna limitante e, por vezes, até mesmo incapacitante? Aí, torna-se um entrave ao nosso desenvolvimento: nada de extraordinário acontece na zona de conforto. O medo não nos permite desfrutar da vida e apreciar as coisas boas ao nosso redor. Aprisiona-nos e faz-nos reféns. Protege-nos do que é mau, é verdade, mas do bom também. E há tanta coisa bonita à nossa espera, se pararmos um pouco para reparar. E respirar.
E tu, já paraste para respirar hoje e olhar à tua volta? Anda, vamos ver o lado bonito da vida. A tua felicidade está do outro lado do medo. Vai com medo, mas vai. Quando deres por ti, já lá estás, sem te aperceberes, no cimo da montanha, a ser feliz.

A propósito desta reflexão, recordo-vos este lindo poema:
"O nosso maior medo não é o de sermos inadequados. O nosso maior medo é descobrir que somos muito mais poderosos do que pensamos. É a nossa luz e não a nossa sombra que mais nos assusta.
Quem sou eu para ser tão brilhante, sedutor, talentoso, ou fabuloso? Na verdade, por que não? Também és filho de Deus.
Não existe mérito em diminuir os nossos talentos, apenas para que os outros não se sintam inseguros ao nosso lado.
Todos fomos feitos para brilhar, como as crianças brilham. Nascemos para manifestar a glória de Deus, que existe dentro de nós. Isso não ocorre só com alguns de nós, mas com todos. Diminuirmo-nos não vai ajudar o Mundo. Quando permitimos que a nossa luz brilhe, inconscientemente damos permissão para que o outro possa também manifestá-la. Quando nos libertamos do nosso próprio medo, a nossa presença automaticamente libertará outros."

Marianne Williamson , A Return To Love, 1992 (tradução livre)







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