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Ao som do piano

  • Foto do escritor: Patrícia Valente
    Patrícia Valente
  • 23 de set. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 10 de out. de 2022

Hoje Vera recordou-se de uma pessoa que já fez parte da sua vida. Foi um dos seus primeiros namorados e que a marcou muito. Tudo começou com muita inocência até que se apaixonaram. Anos mais tarde, reencontraram-se e a chama acendeu de novo. Certo é que a relação acabou por não evoluir. Passaram-se mais uns anos e surge de novo uma aproximação. Por uma razão ou por outra, acabaram por seguir rumos muito diferentes, sendo que agora são praticamente estranhos ou meros conhecidos.


Quando se encontravam parecia que nada tinha mudado. O tempo parecia suspenso. Da última vez, Vera achava que a relação teria futuro, mas afinal ficou profundamente magoada. Aquela noite em que se encontraram foi tão diferente de todas as outras: parecia o destino. Seria amor? Não, o amor não é isso. Seria paixão? Provavelmente.


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Hoje lembrou-se do momento em que ele se sentou ao piano e tocou a música de Caetano Veloso "Sozinho", entoando a letra baixinho, como se de uma serenata se tratasse. Foi um momento muito bonito, que se desfez na manhã seguinte, quando foram chamados à realidade. Mas nada apaga essa e outras tantas memórias: as cartas que escreviam um ao outro, as grandes ondas na praia e a ida ao cinema: o filme português "Adeus, pai" estava no cinema na altura e retrata um adolescente que também se confronta com o regresso à realidade. A música "Não vou ficar" dos Delfins fazia parte da banda sonora. Impossível não se lembrar quando a música toca na rádio.


Vera dá consigo a pensar no que poderia ter sido, se as circunstâncias fossem diferentes. Talvez o desfecho fosse o mesmo.


"Onde está você agora?"




 
 
 

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