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Bailarina por um dia

  • Foto do escritor: Patrícia Valente
    Patrícia Valente
  • 22 de ago. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 27 de set. de 2022

Um dia fui uma bailarina. Punha um pé e depois o outro. A dançar sentia-me livre. Deslizava ao som da música, enquanto a minha saia esvoaçava sala fora. Era mais eu naquele espaço. De súbito, algo me trouxe de volta e apercebi-me que a música parou, mas eu continuava a dançar ao meu ritmo, desligada de tudo o resto. A melodia ecoava em mim, como notas de um piano antigo. Foi aí que percebi que a dança era a minha vida, era o que me mantinha viva, enquanto tudo o resto se parecia desmoronar.


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Quando deixei de dançar, uma parte de mim ficou ali. Nunca mais fui a mesma. Procurei, vasculhei, mas nada encontrei. Até que um dia redescobri esse amor na pintura. A cada pincelada, uma nova emoção vinha à tona. Em cada traço, uma nova vida. Aos poucos e ao meu próprio ritmo, larguei as folhas velhas e reencontrei-me.


E tu, tens alguma atividade assim?

 
 
 

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