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Uma floresta encantada

  • Foto do escritor: Patrícia Valente
    Patrícia Valente
  • 11 de ago. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 27 de set. de 2022

Acordei no meio de uma floresta. O ambiente era denso e cinzento. Estava imóvel no chão áspero, cheio de pedras. O vento sussurrava; ouviam-se barulhos à distância. Assim permaneci a tentar decifrar o que acontecera. Na escuridão da noite, não vislumbrava cores e a minha respiração ficou acelerada, até que se ouve um relâmpago e mais outro. O tempo estava suspenso. Tentei mexer-me mas nada acontecia. Uma sensação de pânico estava iminente: o ar parecia que não passava dos pulmões.


Ao longe, um clarão. E mais outro. As árvores estremeciam. Sentia tudo à minha volta com muita intensidade: o chão parecia engolir-me. Mexi um dedo. Aos poucos, a minha mão moveu-se até alcançar uma pedra disforme. Agarrei-a com força e o resto do corpo foi-se soltando: os pés, uma perna, um braço.


Comecei a levantar-me devagar, ainda com uma sensação de confusão e estranheza. Lentamente, o meu corpo acompanhou a minha mente: unidos levitámos do chão e senti uma enorme leveza e tranquilidade a percorrer-me de cima a baixo. Toda eu estava preenchida de cores brilhantes e vibrantes. Os sons eram agora alegres. Na paisagem, o sol começava a espreitar timidamente. Até a pedra na minha mão se tornara macia. Foi quando me fundi com a natureza: éramos uma. E que paz senti. Foi com essa sensação que acordei na minha cama nesse dia, tendo levado comigo essa brisa durante todo o dia.


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